Planejamento financeiro é essencial ao comércio exterior. Isso exige conhecer as principais taxas de referências na hora de pegar empréstimos: a Libor e a Sofr. Ambas são referência em curto prazo, mas possuem diferenças fundamentais. Tradingmex explica neste artigo a principal delas.

O que é LIBOR

A Libor (London Interbank Offered Rate) é uma taxa de referência usada desde a década de 1980. O cálculo dela é baseado nas taxas de juros que os bancos de Londres cobram para emprestar dinheiro uns aos outros no mercado interbancário.

Criada pelo British Bankeer’s Association em 1986, a Libor foi usada por mais de três décadas para contratos negociados em diversas moedas estrangeiras. Seu declínio veio com a crise financeira mundial de 2008. Entre outras causas, a crise foi atribuída ao excesso de confiança na taxa Libor. Surge dessa forma uma substituta: a taxa SOFR.

O que é a SOFR

A taxa SOFR (Securet Overnight Funding Rate) é uma taxa que mede o juros médio que os bancos pagam para pegar empréstimos em dólar garantidos por títulos da dívida do governo dos Estados Unidos (US Treasury bonds). Ela tem sido usada como forma de tornar as taxas mais transparentes e confiáveis.

Dessa forma, a diferença entre Sofr e Libor é que a Sofr inclui somente empréstimos com garantias baseadas em títulos da dívida pública americana. Com isso, a Sofr não apresenta o chamado “risco corporativo”, mas o “risco soberano”, porque se baseia em garantias do governo.

Substituição da SOFR para a LIBOR

A Libor tem sido substituída pela Sofr de forma lenta, porque a mudança pode ser complexa. Vários setores e produtos financeiros precisam ser adaptados para isso. Além disso, como a Libor é referência mundial, substituí-la exige esforços igualmente mundiais de coordenação.

Outra alternativa: a BSBY

Para além da Libor e da Sofr, há também a taxa BSBY (Bloomberg Short Term Bank Yield Index). Seu cálculo é baseado nas taxas de juros cobradas entre bancos globais para captar empréstimos em dólar sem garantias do Tesouro americano.

Superando desafios

A complexidade dessas taxas revela o desafio de operar em comércio exterior. Lidar com tantos fatores exige dedicação exclusiva à área, somente possível por meio de especialização. O importador pode tentar alcançar esses recursos, mas isso pode sair caro demais: o melhor será contratar uma assessoria.

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(Imagem: Freepik / our-team)